Geraldo Teixeira expõe “Memória Urbana” no TCE

“Em tudo na vida a arte está presente”. Assim Geraldo Teixeira resume a sua relação com o trabalho que desenvolve como artista plástico, e que completa 35 anos em 2010. Um resgate sobre o legado estético da colonização portuguesa em Belém manifestado através da arte plástica. Um alerta sobre a degradação, o descaso e a falta de valorização da memória e da História da nossa cidade.  

A exposição “Memória Urbana”, que Teixeira inaugurou nesta terça-feira, 16, e que permanecerá por um mês no Espaço Cultural Conselheiro Clóvis Moraes Rêgo do TCE-PA, tem como objetivo chamar a atenção dos moradores e apaixonados por Belém sobre esses aspectos que, infelizmente, vêm acontecendo na capital paraense há décadas.
 
A abertura da exposição foi prestigiada com a presença da Presidente do TCE-PA, Conselheira Lourdes Lima, e pelos Conselheiros Cipriano Sabino (Vice-presidente), Ivan Cunha, Nelson Chaves e Edilson Oliveira e Silva. Representando o Ministério Público de Contas do Estado, compareceu a Procuradora Iracema Braga. Entre as dezenas de convidados, também prestigiaram o amigo, os artistas plásticos Jocatos, que recentemente expôs "Noites Brancas" no mesmo Espaço Conselheiro Clóvis Moraes Rêgo, Jorge Eiró e Marinaldo Santos, além de servidores do Tribunal.  
 
Na exposição, que tem entrada franca, os visitantes poderão apreciar as pinturas “Memória Urbana” I a VI e as esculturas produzidas a partir de peças oriundas de barcos abandonados em estaleiros de Belém. Esses objetos retratam e compõem aquilo que Teixeira define como “arte pública”, e fazem parte do trabalho atual do autor, que tem produzido obras de grandes dimensões. Segundo ele, “o grande objetivo da arte é nos fazer lembrar que somos cidadãos e que temos uma sensibilidade muito grande”.
 
Essa releitura da estética do azulejo aplicado como “pele” da arquitetura da Belém histórica, de acordo com o artista, se torna, neste século XXI, um eficiente recurso de revestimento cerâmico e diversificado padrão decorativo. “Memória Urbana” destaca, ainda, a preocupação social e o olhar atento e crítico de Teixeira, representado por esculturas como “Salto” e “Calmaria”, que retratam o grave problema do escalpelamento dos ribeirinhos passageiros das embarcações que singram os nossos rios nos quatro cantos do Estado.
 
Em junho, Geraldo Teixeira segue para uma temporada européia, onde apresentará sua arte primeiramente em Lisboa, a capital portuguesa e berço da arquitetura que ornamentou e decorou a Belém colonial retratada nesta fase atual do artista.
 
Serviço:
Exposição “Memória Urbana”
Local: Espaço Cultural Conselheiro Clóvis Moraes Rêgo
Endereço: TCE-PA, Travessa Quintino Bocaiúva, 1585
Período: 16 de março a 16 de abril
Horário: 8 às 14h
Informações: 3210 0522
Entrada franca