O edifício-sede do Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA), Palácio Serzedello Corrêa, completa 50 anos de inauguração nesta quarta-feira, 21 de outubro. Com projeto assinado pelos arquitetos Paulo Chaves, Paulo Cal e Armando Mendonça, a construção na época inovou pelo estilo arrojado de edificação e passou a pertencer ao patrimônio público estadual.
Na ocasião da abertura da nova sede do TCE-PA, a Corte de Contas era presidida pela conselheira Eva Andersen Pinheiro. A inauguração foi realizada pelo então governador do Estado, Alacid Nunes, e sua esposa Marilda Nunes.
Dom Alberto Ramos, arcebispo Metropolitano de Belém em 1970, abençoou o novo edifício do Tribunal. José Maria de Azevedo Barbosa, à época secretário de Estado da Viação e Obras Públicas do Pará (SEVOP), e que viria a ser conselheiro e presidente do TCE-PA, também participou da inauguração.
Repercussão
Durante a parte administrativa da sessão plenária de terça-feira, 20, o conselheiro Odilon Teixeira fez referência ao aniversário de 50 anos de inauguração do edifício sede do tribunal. Criado em 1947, o TCE-PA passava, em 21 de outubro de 1970, a ter sede própria.
Em sua manifestação, o conselheiro Nelson Chaves fez referência aos arquitetos que projetaram o edifício. Também mencionou a presença, no ato de inauguração, de José Maria Barbosa.
Chaves destacou ainda a presença da então primeira dama do Estado, Marilda Nunes, viúva do ex-governador. Em seguida, o conselheiro Cipriano Sabino sugeriu ao plenário o envio de votos de reconhecimento e agradecimento aos três arquitetos e às famílias dos ex-conselheiros Eva Andersen Pinheiro e José Maria Barbosa.
O conselheiro Nelson Chaves sugeriu que os votos fossem enviados também à ex-primeira dama. Todos os conselheiros manifestaram satisfação pela menção aos 50 anos do edifício sede, e aprovaram o envio dos votos propostos.
Arquitetura brutalista – O edifício-sede segue a linha arquitetônica brutalista, marcante no período pós 2ª Guerra Mundial até o final da década de 70, quando se vivia um período de austeridade. As obras de perfil brutalista caracterizam-se pelo uso do concreto armado aparente, com blocos pré-moldados no teto sem placas de gesso. Os projetos previam a simplicidade, praticidade e funcionalidade dos espaços. Um de seus maiores nomes foi o arquiteto modernista suíço naturalizado francês Charles-Edouard Jeanneret-Gris, mais conhecido pelo pseudônimo Le Corbusier.